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Experiência do Projeto Floresta+ Amazônia é apresentada na Costa Rica
A convite do governo da Costa Rica, o Brasil participou de um intercâmbio e apresentou a experiência do Projeto Floresta+ Amazônia durante o “Fórum Regional Finanças Climáticas e Florestas: conquistas e lições aprendidas na América Latina”, que ocorre entre até 29/8 a 1/9 na cidade de La Fortuna. Representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) estiveram presentes ao encontro que também debateram desafios e perspectivas para o financiamento climático no setor de florestas.
O evento buscou retomar a discussão na região, enfatizando a troca de experiências entre países a partir dos projetos de pagamentos baseados em resultados de Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+). “O encontro promoveu debates sobre REDD+, mercados de carbono florestais, experiências iniciais e principais desafios. Discutimos também estrategicamente como acelerar o acesso e a canalização de financiamento climático para territórios e comunidades, além de buscar alinhamento e recomendações comuns para iniciativas e fundos de financiamento”, explicou o diretor geral do Fundo Nacional de Financiamento Florestal da Costa Rica, Jorge Mário Rodriguez.
De acordo com a coordenadora-geral de REDD+ e Instrumentos Econômicos do Departamento de Políticas de Controle do Desmatamento e Queimadas do MMA, Márcia David, o fórum foi um momento importante para o Brasil retomar a participação e o diálogo com os países sobre a implementação de REDD+ em nível regional. “REDD+ é um instrumento estratégico na agenda de incentivos econômicos e financeiros para a redução do desmatamento e esperamos ampliar os nossos resultados e oportunidades de captação nos próximos anos’’, explicou.
“Na ocasião, o Brasil também apresentou os resultados da implementação do Projeto Floresta+ Amazônia, com foco em conservação, recuperação e apoio a projetos de comunidades tradicionais e povos indígenas, além de ações transversais relativas à promoção da igualdade de gênero no projeto”, complementou a coordenadora da Unidade de Desenvolvimento Ambientalmente Sustentável (UDAS) do PNUD, Luana Lopes.
Para o presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNE) do Brasil, Joaquim Belo, que também faz parte do Comitê Consultivo do projeto, espera-se que as ações possam contribuir com a vida das pessoas, em diversos aspectos, com a gestão de projetos, e também do ponto de vista de produção e da organização social. “O Floresta+ vem atendendo em diversas frentes. Nós acreditamos que o Floresta+ Amazônia possa deixar bons resultados, podendo contribuir no que há de mais precioso: que é zelar pelos territórios, fortalecer suas organizações de base e seus meios de produção”, enfatizou o representante.
O fórum foi organizado pelo Ministério do Ambiente e Energia (MINAE) da Costa Rica e pelo Fundo Nacional de Financiamento Florestal (FONAFIFO), e apoiado pelo PNUD – através do Programa ONU-REDD+. O Projeto Floresta+ Amazônia é uma iniciativa do PNUD e MMA, com apoio do Fundo Verde para o Clima (GCF).
Sobre o REDD+ – É um instrumento desenvolvido no âmbito Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima para recompensar financeiramente países em desenvolvimento por seus resultados relacionados à recuperação e conservação de suas florestas.