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No último sábado (17/06), foi o Dia Mundial de Combate à Desertificação. O Projeto Floresta+ Amazônia chama à atenção para o futuro da maior floresta tropical do mundo. Pensar em secas e em áreas desérticas vai muito além de regiões semiáridas.  

Segundo os especialistas, o desmatamento, as secas, as queimadas e as mudanças climáticas deixam a Amazônia cada vez mais perto de um ponto irreversível, a partir do qual a recuperação da floresta se tornará quase inviável. Os estudos ainda apontam que as áreas poderão se transformar em um grande deserto nas próximas três a cinco décadas.

A desertificação da floresta amazônica terá efeitos catastróficos para o clima e para a biodiversidade, impactando não só as populações locais, mas todo o planeta. É preciso esforços e parcerias em ações que possam desacelerar ou zerar o desmatamento e a degradação na região.  

Nesse sentido, o Projeto Floresta+ Amazônia busca promover ações para fortalecer soluções ambientais e econômicas positivas, alinhadas com a conservação e recuperação da vegetação nativa envolvendo a população local da Amazônica Legal, sobretudo povos indígenas, comunidades tradicionais, agricultores familiares, pequenos proprietários e possuidores de imóveis rurais.

A iniciativa, que recebe apoio do Fundo Verde para o Clima  (GCF), é estrategicamente importante para o combate à desertificação na Amazônia. E, ainda, está alinhada com a Agenda2030 e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), contribuindo para o enfrentamento da mudança global do clima – umas das pautas urgentes e prioritárias do planeta e do Sistema das Organizações das Nações Unidas (ONU).

No vídeo, abaixo, o diretor de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Alexandre Pires, comenta a importância da data e o panorama da desertificação no Brasil.

Saiba mais sobre os estudos da desertificação na Amazônia: aqui!

Sobre a data – O Dia Mundial do Combate à Desertificação é celebrado anualmente no dia 17 de junho, desde 1995 – o ano em que o dia foi proclamado pela ONU. Este ano a mensagem principal é promover a sensibilização pública relativa à cooperação internacional no combate à desertificação e aos efeitos da seca, tendo como mote da campanha global “Mulheres: suas terras, seus direitos”, que reconhece e valoriza o papel das mulheres no combate à degradação dos solos e dos biomas e alerta para a busca por equidade de gênero nos locais de poder e no acesso à terra e seus recursos.

Foto: Floresta Amazônica – Manaus I Fernanda Coelho