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Fórum Repartição de Benefícios do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais reuniu representantes de organizações da sociedade civil, agricultores, comunidades tradicionais, povos indígenas, governos e cooperação internacional em Rio Branco (AC).

O Projeto Floresta+ Amazônia participou do Fórum Repartição de Benefícios do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais (SISA) em Rio Branco, no Acre. O objetivo do evento foi definir, de forma participativa, a metodologia do processo de consulta para a revisão da repartição de benefícios do SISA, reunindo representantes de agricultores, comunidades tradicionais, povos indígenas, governos, organizações da sociedade civil e cooperação internacional. O encontro aconteceu nos dias 2 e 3 deste mês, no auditório da faculdade Uninorte, e foi organizado pelo Instituto de Mudanças Climáticas (IMC) e Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Estiveram  também no fórum o governador do estado, Gladson Cameli; a representante adjunta do PNUD Brasil, Elisa Calcaterra; e o Oficial de Programa da Unidade de Desenvolvimento Ambientalmente Sustentável (UDAS) do PNUD, Gustavo Matsubara. Ainda participaram do evento as assessoras técnicas do Projeto Floresta+ Amazônia, pelo PNUD, Márcia Stanton e Raissa Guerra; e a coordenadora do Departamento de Políticas de Controle do Desmatamento e Queimadas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima(MMA), Mariane Nardi.

O primeiro dia do evento contou com painéis de nivelamento sobre o contexto das mudanças climáticas, financiamento climático e mecanismos de REDD+, com foco no Fundo Amazônia, Projeto Floresta+ Amazônia e mercados de carbono, estrutura do SISA e repartição de benefícios. Já no segundo dia, foram realizadas atividades em grupo para definição da metodologia para a condução do processo de consulta para a atualização da estratégia de repartição de benefícios do SISA, finalizando com uma plenária para apresentação dos resultados. 

“Nós somos os protagonistas da proteção da Amazônia, os protetores da biodiversidade e estamos abertos para construir alianças nesse objetivo em comum. Vamos dar as mãos, usando do conhecimento acadêmico e tradicional e vamos colocar o Acre em destaque no mapa, com o nosso progresso e garantia de direitos para todos”, declarou o líder indígena Haru Kuntanawa. 

A representante do PNUD  destacou que o Acre é um exemplo para o Brasil e para o mundo.  Para ela, a liderança e a coragem demonstradas pelo estado ao longo de sua trajetória em REDD+ são inspiradoras. “Sabemos que o sucesso dessa agenda não depende de esforços isolados. Ela exige colaboração. Por isso, reforçamos aqui o compromisso do PNUD de continuar apoiando o Acre e todos os seus parceiros para que essa jornada seja cada vez mais inclusiva, participativa e alinhada às melhores práticas globais”, enfatizou Elisa Calcaterra.

A assessora técnica do Floresta+, Márcia Stanton, leva grandes aprendizados do evento, que se somam à atuação do projeto nos territórios amazônicos. “Acompanhar este forum participativo foi uma oportunidade de aprender sobre a experiência e os desafios da governança do SISA no Acre, um dos parceiros do Projeto Floresta+ Amazonia’’, completou. 

Para a diretora Mariane Nardi, a participação MMA no fórum foi essencial para alinhar as discussões regionais às políticas nacionais e compromissos internacionais, fortalecer a valorização de serviços ambientais, promover justiça socioambiental para povos indígenas e comunidades tradicionais e agricultores, e consolidar iniciativas como o Fundo Amazônia e o Projeto Floresta+ Amazônia.  “Além disso, o MMA tem contribuido para a articulação interinstitucional e internacional, apoiando metodologias participativas e reforçando o compromisso com a conservação da Amazônia e o desenvolvimento sustentável’’, ressaltou Nardi.

Ao todo, o fórum reuniu cerca de 300 pessoas.  Ainda estiverem presentes no evento o secretário da Sema, Leonardo Carvalho;  secretária de Povos Indígenas do Acre (SEPI), Francisca Arara; a  presidente do IMC, Jaksilande Araújo; e os especialistas em carbono do PNUD, Roberta Cantinho, Milena Terra e Bojan Auhagen.