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Negócios selecionados pelo Programa +Inovação Aceleração participaram de oficina em Belém

Jornada de imersão aconteceu em março no espaço Cas’Amazônia reunindo seis empreendimentos com foco na sustentabilidade e na sociobiodiversidade da Amazônia.

De 27 a 29 de março, empreendedores e empreendedoras dos seis negócios selecionados
pelo Programa +Inovação Aceleração estiveram juntos em Belém, no Pará, para participar
da primeira oficina presencial do processo de aceleração. A imersão aconteceu no espaço
Cas´Amazônia. 

Os negócios que participaram do encontro foram Amazônia Bee, ATLAS Florestal, Cacauaré
Cacau Nativo da Amazônia, Deveras Amazônia, MOMA Natural e Passyflora Projetos Agro
Sustentáveis. Entre os temas trabalhados de forma prática pelos/as participantes estavam
gestão, mensuração de impacto e comunicação. “O primeiro módulo é sobre impacto
porque esses negócios nascem e existem querendo gerar impacto positivo na sua
operação. Então, nessa oficina trabalhamos para que eles consigam de fato planejar como
esse impacto é gerado para os seus públicos e para o meio ambiente”, explicou Eduardo
Sugawara, da Sense-Lab.

Aceleração Belém

“Esse foi o primeiro encontro presencial desde a pré-aceleração, realizada no fim de 2022.
Os negócios passaram por um processo de imersão para discutir e selecionar quais
indicadores vão ser monitorados ao longo da implementação do negócio. É um momento
muito importante para a gente alinhar os indicadores dos negócios com os indicadores do
programa de aceleração”, destacou Fernanda Coelho, analista técnica do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Valéria Moura, da Deveras Amazônia, avalia que foi muito importante perceber que não são
só empresas grandes que conseguem monitorar o impacto: “Ao trazer os números de forma
mais real e qualificar o impacto, é possível comunicar que há um grande valor no negócio
que está sendo desenvolvido. Com um pequeno negócio você consegue impactar pessoas
que estão ali cuidando da floresta”, disse.

Durante a oficina, também foi realizada uma revisão mais aprofundada da Teoria de
Mudança e Modelo C, abordados na pré-aceleração. “Foi muito interessante ver a evolução
dos negócios com as atividades remotas e webinars. Retomamos algumas discussões
importantes de forma mais aprofundada, e eu fiquei bem impressionado com o quanto eles
estavam compenetrados nesse processo”, afirmou Antônio Sanches, do Ministério do Meio
Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

Aceleradas Belém

O encontro também proporcionou conexão entre os empreendedores. “Os negócios
conseguem interagir entre si, ter o contato olho no olho. Já tinham ocorrido trocas nos
webinares online que o programa tem promovido desde o início do ano, mas o presencial é
outra coisa, escancara mais quais os gargalos que eles têm em comum, onde eles
conseguem se ajudar e fomenta toda essa criação do ecossistema e comunidade de
impacto”, avaliou Gabriella Abdalla, da AMAZ/Idesam.

Anteriormente, os negócios participaram de dois webinares temáticos sobre gestão de
impacto e comunicação de impacto, nos quais toda a parte conceitual e teórica foi
compartilhada e preparatória para as atividades presenciais ‘mão na massa’. Além de
trabalharem seus Modelos C, matriz de impactos e financeira, os negócios também
exercitam suas narrativas de impacto em exercícios práticos, com a orientação do time de
facilitadores.

Para Vivian Shun, da MOMA Natural, a troca com outros empreendedores e empresas foi
um dos pontos altos. “Empreender é novo e um tanto solitário pra mim. E a troca com os
negócios é muito rica, a gente compartilha angústias e vê soluções que encontraram. A
empatia de compartilhar dores, tecnologias e saberes traz alívio e força,” ressaltou.

O encontro possibilitou ainda a conexão com empreendedores já acelerados em processos
anteriores pela AMAZ. Joanna Martins (Manioca), César De Mendes (Chocolates De
Mendes), Jozyanne Alves (100% Amazônia) e Tainah Fagundes (Da Tribo) participaram de
uma roda de conversa com os acelerados no último dia da oficina presencial, momento em
que trouxeram suas experiências de negócio e superação de dificuldades e se colocaram à
disposição para trocas contínuas com os empreendedores.

Sobre o Programa +Inovação Aceleração: O Programa tem como objetivo fortalecer e
apoiar empreendimentos de impacto socioambiental que estejam liderando a construção de
soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável e para o ecossistema de impacto
na Amazônia. E, é realizado no âmbito do “Projeto de Pagamentos por resultados de REDD+
alcançados pelo Brasil no bioma Amazônia em 2014 e 2015” promovido pelo Ministério do
Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD) com apoio do Green Climate Fund (GCF). A iniciativa tem como
parceiros executores o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da
Amazônia (Idesam), AMAZ aceleradora de impacto e Sense-Lab.

 

Fotos: Paulo Castro/PNUD

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