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No Maranhão, comunidades quilombolas apoiadas pelo Floresta+ Amazônia planejam ações de fortalecimento de seus territórios

Associações comunitárias de dois projetos apoiados pelo Projeto Floresta+ Amazônia no âmbito da Modalidade Comunidades se reuniram com a instituição parceira, o Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) para planejarem as ações de fortalecimento da gestão territorial. Os encontros aconteceram em maio nos municípios maranhenses de Santa Rita e Anajatuba. 

De acordo com a coordenadora local do ISPN no Maranhão, Ruthiane Pereira, as reuniões tiveram como objetivo dar mais um passo em relação à execução das atividades. ‘’Na oportunidade, fizemos um nivelamento em plenária do processo de discussão, elaboração e contratação de cada projeto. E definimos conjuntamente os encaminhamentos sobre contratação da equipe técnica, bolsistas e as instâncias e instrumentos de governança do projeto, com a constituição da Comissão de Monitoramento e Avaliação de cada projeto”, explicou.

O primeiro momento ocorreu com os representantes da Associação dos Agroprodutores Rurais da Vila Cariongo, no município de Santa Rita, para planejar as ações do projeto “Quintais Produtivos de Cariongo”. O projeto contempla diretamente 28 famílias locais, com geração de renda e melhoria na alimentação da comunidade. A proposta é desenvolver viveiros de mudas para contribuir para o equilíbrio dos ecossistemas, melhorar os quintais agroflorestais nas unidades familiares e elaborar um plano de gestão quilombola.

Para a presidente da associação, Natália Alves, a reunião serviu também para relembrar como o projeto foi construído junto com a comunidade. ‘’Todos nós demos nossa contribuição.  Teve a troca entre nós, a comunidade e o ISPN. O projeto vai aperfeiçoar o que já é realizado na nossa comunidade. Vamos trabalhar com os quintais produtivos, que é a extensão da nossa casa. Faz parte da gente. Então, ter o acompanhamento técnico, de pessoas especializadas, vai nos ajudar bastante. E a questão da autoestima das famílias, principalmente das mulheres, que pode ser uma fonte de renda extra para as famílias”, falou entusiasmada. 

Em seguida, foi a vez do projeto “Renascimento Agroecológico nos Quilombos: Roças, Quintais e Agroindústrias Quilombolas”. O encontro aconteceu no povoado Olho D’água, em Anajatuba, com representantes da União das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Anajatuba (Uniquituba). Foram traçadas as próximas ações do projeto que prevê a implementação de roças e hortas agroecológicas (frutíferas, florestais e medicinais), o manejo de animais e o apoio no processamento de mel e mandioca.

De acordo com a professora, agricultora familiar e representante comunitária do Quilombo Ponta Bonita, Conceição Rodrigues, a iniciativa é uma oportunidade de aprendizagem para ampliar a produção e aumentar a renda da comunidade, respeitando a natureza. “O Floresta+ Amazônia é de grande importância para mim e para nossa comunidade porque além de nós recebermos o apoio do ISPN, nós vamos implantar um projeto que vai melhorar a qualidade de vida das famílias, trazer mais renda para nossa comunidade e cuidar do meio ambiente. Tirar o nosso sustento, respeitando os limites da natureza e sabendo cuidar dela”, ressaltou Conceição. 

Além de Ponta Bonita, o projeto alcança outros oito quilombos de Anajatuba (Pedrinhas I, Pedrinhas II, Comunidade Quilombola Centro do Isidório, Quebra, Capim, Bom Jardim, Ponta Bonita, São Pedro e Ilhas do Teso) beneficiando 639 famílias.

Além dos dois projetos de comunidades quilombolas, no Maranhão também foram aprovados outros 3 projetos para povos indígenas na Modalidade Comunidades do Projeto Floresta+ Amazônia, que apoia a implementação de projetos de fortalecimento da gestão ambiental e territorial nos territórios coletivos de povos indígenas e povos e comunidades tradicionais.

‘’No total, a Modalidade Comunidades vem investindo mais de R$ 33 milhões para a conservação e a sustentabilidade dos territórios tradicionais amazônicos. As iniciativas podem ter duração de até dois anos e foram elaborados com a participação dos povos e/ou suas organizações representativas, considerando a natureza coletiva das atividades de gestão nesses territórios’’, explicou a assessora técnica do Projeto Floresta+ Amazônia, Mariana Machado.


Projeto Floresta+ Amazônia – É uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com apoio do Fundo Verde para o Clima (Green Climate Fund – GCF). Até 2026, serão investidos 96 milhões de dólares nos estados amazônicos, por meio de ações e incentivos financeiros, com pagamentos por serviços ambientais e a execução de projetos locais.  

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